quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Kathleen Mary Drew-Baker


Recentemente, fazendo uma reforma no escritório, esteve em minhas mãos o clássico “Manual of Phycology” do Gilbert Smith, e folheando-o me deparei com o capítulo da Kathleen Drew e me lembrei de uma antiga conversa com o Pedrini sobre esta pesquisadora e no quanto foi importante o seu trabalho não só para a ciência como para a humanidade em especial para os japoneses.
                Vou iniciar esta seção no blog retratando estes personagens que escreveram seus nomes na história a partir de suas ações na ficologia.
                E começaremos com um nome que é um símbolo na ficologia:
Kathleen Mary Drew-Baker.
                Não faremos uma biografia ou algo assim, mas buscaremos retratar estas pessoas com informações sobre aspectos de sua personalidade ou como mudaram a ciência, seu mundo e outras vidas, sempre de uma forma informal e que certamente mais influenciaram estes personagens em suas pesquisas e visões. Para uma revisão mais científica para Kathleen Drew indico o resumo dos obituários publicados no Boletim Ficológico Britânico.
                                                                 Fonte: http://www.seaweed.ie/aquaculture/noricultivation.html
                Viveu no inicio do século passado (1901-1957), sendo uma das primeiras a adquirir o título acadêmico de Botânica com honras na Europa pela Universidade de Manchester (1922).
                                                          Fonte:  http://www.flickr.com/photos/smithsonian/3397795989/
                                    Fonte: http://www.mosi.org.uk/media/33871089/drkathleendrew-baker.pdf
Nós todos sabemos a importância econômica das algas para os povos orientais, principalmente os japoneses. Uma das algas mais utilizadas na alimentação dos japoneses é a conhecida Nori, pertencente ao gênero Porphyra (foto). Utilizada na parte externa do conhecido bolinho de arroz, o Sushi (foto).

                                                           Fonte: http://www.seaweed.ie/aquaculture/noricultivation.html
                                                    Fonte: http://cozinhajaponesa.com.br/japao/historia-do-sushi-origem-tipos/

Em 1948, devido a descuidada utilização de fertilizantes associado a desastres climáticos (tufões), a produção de Nori estava nos mais baixos índices da história e os pesquisadores não tinham uma resposta técnica que pudesse ajudar aos fazendeiros além disso a colheita das lâminas de Nori ocorre no inverno quando as águas japonesas estão mais geladas.
                Desconhecia-se o ciclo de vida desta alga, só conhecido no ano seguinte a partir dos estudos de Kathleen, em 1949, com a espécie Porphyra umbilicalis.
                O gênero Porphyra apresenta um ciclo de vida onde uma das fases é microscópica e outra macroscópica. A fase microscópica é filamentosa e ocorre no interior de conchas vazias de moluscos.
 
                              Adaptado de: http://www.fao.org/fishery/culturedspecies/Porphyra_spp/es

               Com esta descoberta estava salvo o cultivo comercial de Nori, tendo a produção pulado de 3000 a 5000 toneladas antes deste trabalho para 5000 a 35000 toneladas após as novas técnicas.

                 Gratos a este feito, em 1963 (6 anos após a morte da cientista) foi erguido um monumento(foto) no Parque Sumiyoshi, na cidade de Uto em Kumamoto (Japão), um local muito arborizado com muitas hortênsias à 70 metros de altitude. Todo 14 de abril (data do falecimento) é realizado o Festival Drew que homenageia a autora, como forma de agradecimento do povo japonês pela contribuição das descobertas de Kathleen. Sendo chamada pelos japoneses de “Mãe do Mar”.

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