terça-feira, 24 de abril de 2012

DISTÚRBIOS INFLUENCIANDO A DISTRIBUIÇÃO DE MACROALGAS EM ANTIGAS LINHAS DE COSTA DA PRAIA DA BOA VIAGEM


DISTÚRBIOS INFLUENCIANDO A DISTRIBUIÇÃO DE MACROALGAS EM ANTIGAS LINHAS DE COSTA DA PRAIA DA BOA VIAGEM (Recife-PE)

José Antonio Muniz
1989
INTRODUÇÃO
                São poucos os trabalhos que descrevem os ambientes intermareais do nordeste brasileiro com ênfase nas fico-comunidades bentônicas (Fernandes, 1980 e Eston et. all, 1986).
            A presença de distúrbios em comunidades naturais é um fator de grande importância na regulação e estruturação destes ambientes e comunidades (Sousa, 1984). Distúrbios causados por efeitos físicos são apontados em diversos trabalhos em ambientes marinhos especialmente os focados em sistemas intermareais (Dayton, 1975 e 1985; Hay, 1981 e Santelices, 1977).
            Neste trabalho são descritas as fico-comunidades bentônicas estabelecidas em uma antiga linha de costa de arenito na Praia da Boa Viagem, Recife (PE). A flora bentônica das costas pernambucanas embora bem descrita (Pereira, 1974 e 1977) no que tange as Chlorophyta e Rhodophyta, no entanto,  pouco é encontrado sobre as condições ambientais onde estes organismos sobrevivem.
            O objetivo deste trabalho é, através do método da ordenação polar, comparar a estrutura das comunidades ficológicas locais com relação aos dois possíveis fatores de stress ambiental observados no local: a exposição ao ar e o assoreamento e abrasão causados pela areia da praia, e correlacionar a diversidade e os tipos biológicos funcionais classificados por Littler & Littler (1980) com estes fatores estressantes.
Palavras chave: Classificação de comunidades, ação da areia, exposição ao ar, tipos morfo-funcionais, Recife.

MÉTODOS
            Os dados de campo foram colhidos através de coletas aleatórias em 5 zonas visualmente estabelecidas quanto as suas estruturas, em uma antiga linha de costa na Praia da Boa Viagem, Recife (PE). – Figura 1 e 2.




 
       A zona 1 (Figura 3) é formada por pequenos blocos de arenito localizados entre a praia e o recife, sempre submersas, muito influenciada pela areia da praia. A zona 2 é uma área intermediária entre a areia e o recife, sofrendo pouca ação da areia e exposta na maré baixa. A zona 3 é formada pela parte mais alta do recife, formada por poças rasas, submersas apenas em marés muito altas ou por respingos das ondas. A zona 4 é uma região intermediária entre o mar e o recife, exposta ao ar na maré baixa e sofrendo a ação da areia em conjunto com a força das ondas. A zona 5 é semelhante a primeira zona descrita, porém, a ação de abrasão provocada pela areia é maior devido a ação conjunta com as ondas e a disponibilidasde de substrato é maior, além de estar permanentemente submersa.



 
           Utilizou-se um quadrado de 20 cm de lado na coleta de dados e apenas as macroalgas identificáveis à olho nu foram registradas, somente anotou-se as algas menores quando cobriam mais de 25% da área do quadrado.
            A freqüência das algas em cada zona foi medida pela presença/ausência de cada espécie em cada amostra e padronizando esta frequência em percentuais relativos (Kershaw & Looney, 1985 e Smith, 1980). Foram realizadas 15 amostras na zona 1, 10 amostras na zona 2, 3 e 4 e 20 amostras na zona 5. A relação entre o número de espécies por número de amostras demonstrou que estes valores estavam acima da quantidade mínima de amostragem necessária em todas as zonas estudadas, conforme Bennett & Humphries (1985). Os valores destas medidas encontram-se na Figura 4.



 
          Na ordenação polar (Bray & Curtis, 1957) utilizou-se como índice de similaridade o somatório percentual mínimo para cada espécie (∑ PSMin) conforme Goodal (1982) e a dupla-padronização preconizada por Cottam et all (1982).
            Como não foram efetivamente medidas a ação da areia e a exposição em cada zona, utilizou-se as posições nos eixos da ordenação polar relativos a cada zona com maior e menor ação destes efeitos como um índice comparativo entre cada uma destas zonas.
            Os ajustamentos das curvas e coeficientes de correlação foram calculados utilizando-se o pacote estatístico encontrado em Ayres & Ayres (1987) e um equipamento de lógica TRS-80.
            Para análise da normalidade dos dados amostrados utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov.

 
RESULTADOS

A.      Composição Florística.

            A flora em questão é muito semelhante à descrita para uma área um pouco ao norte do local pesquisado (Pereira, 1974 e 1977).
            Um total de 45 espécies diferentes de macro-algas foram listadas neste trabalho, sendo 10 Chlorophyta, 2 Phaeophyta e 33 Rhodophyta.
            A composição das 5 zonas estudas estão descritas na Figura 5.




 
               Do total de espécies encontradas no local, verifica-se um grande número de espécies endêmicas em cada zona analisada; alcançando índices de 14 a 50%, conforme apresentado na figura 6.



 
B.    Ordenação dos Dados.

            A ordenação polar a partir dos dados encontrados na figura 5 encontra-se na figura 7.
               Podemos visualizar que as zonas 1 e 5 estão próximas no grafo e mais distantes as zonas 2 e 3.


 
C.    Fatores de Stress

            Observando os valores encontrados para o eixo x e para o eixo y do grafo e comparados visualmente com a ação da areia e a exposição ao ar em cada zona estudada, produziu-se uma tabela ordenada de valores encontrados na figura 8, onde podemos notar uma grande correlação na posição ordenada de cada zona estudada com cada fator de stress.




 
        Estes valores serão utilizados como uma forma de ordenamento para qualquer comparação e correlação com os fatores que eles exprimem.

D.    Grupos morfofuncionais.

            O total das espécies analisadas pela forma que apresentam seus talos (morfologia funcional) no local estudado é discriminado na figura 9. Podemos observar que há uma predominância de espécies coriáceas (leathery-rubbery) e ramificadas (fleshy-wiry) em detrimento das outras formas.



 
             Os grupos morfofuncionais distribuem-se em cada zona analisada indicando as condições ambientais ai encontradas, caracterizando-as, conforme é demonstrado na figura 10, onde podemos observar a predominância de formas coriáceas nas zonas 1 e 5 e de formas ramificadas nas outras zonas.





 
E.    Diversidade.
           
            Ao analisar a diversidade em cada zona estudada observa-se maiores valores nas zonas 5 e 1 independentemente do índice escolhido, conforme é demonstrado na  figura 11.



 
F.    Correlações

 
               Fez-se uma comparação da variação da diversidade com os fatores físicos que nos parecem ser os mais importantes no local analisado: a exposição ao ar e ação da areia.
            Os resultados encontram-se na figura 12 onde podemos afirmar ser o comportamento de cada variável, antagônicas em relação à diversidade. A diversidade alfa (H’) teve um aumento diretamente proporcional com o aumento da ação da areia (abrasão e soterramento) enquanto com a exposição ao ar apresenta uma relação inversamente proporcional.




 
              Correlacionando a variação da ação da areia e exposição ao ar com a presença de algas de acordo com sua morfofuncionalidade, encontramos correspondências tais como uma relação diretamente proporcional entre macroalgas coriáceas com a ação da areia e macroalgas ramificadas com a exposição ao ar; e uma relação inversamente proporcional entre a ação da areia com macroalgas ramificadas e exposição ao ar com macroalgas coriáceas (figura 13).



 
                Tendo em vista o tipo de amostragem ou a condições não controladas; os tipos folhosos e filamentosos não apresentaram um padrão de correlação significativo, no entanto, o tipo folhoso mostrou uma pequena tendência a uma relação diretamente proporcional a exposição ao ar e o tipo filamentoso uma relação inversamente proporcional ao mesmo fator (Figura 14).

 


 
DISCUSSÃO

            Embora a composição da flora de macroalgas da região nordeste seja bem conhecida (Oliveira Filho, 1977 e Eston et all, 1986), ela se mostra diferente de outras regiões naturais próximas (Pereira, 1974 e 1977) principalmente em relação à ausência de algas pardas comuns em semelhantes ambientes tais como algas do gênero Sargassum e Dictyotales. Esta situação pode indicar uma possível presença de poluição no local, trabalhos em outras regiões sob este efeito mostram semelhante comportamento (Oliveira Filho & Berchez, 1978; Teixeira et all, 1987 e Muniz, 1989).
            Espécies só sobrevivem em um ambiente uniforme e em equilíbrio competitivo se existem nichos diferentes para estas espécies (Whittaker, 1975 e Pickett, 1980). As diferentes condições ambientais encontradas nas antigas linhas de costa da Praia da Boa viagem propiciam esta diversidade, a sua manutenção e a sua estrutura. O alto índice de endemismo nas zonas analisadas mostra um local com vários nichos diferentes, inclusive dentro de cada zona analisada
              Os efeitos causados pela ação da areia (Chapman, 1943; Stephenson, 1942; Lewin, 1964 e Daly & Mathieson, 1977) e da exposição ao ar (Santelices, 1977) em comunidades intermareais são bem documentados na literatura científica. No local pesquisado, a morfofuncionalidade do talo das macroalgas mais freqüentes em cada zona está relacionada diretamente com o fator de maior importância para sua sobrevivência.
            Embora, a princípio, nos pareceu ser a zona 3 aquela mais exposta ao ressecamento, a ordenação polar apontou a zona 2 quando tomado este valor para este stress (eixo Y da ordenação). Isto porque a zona 3 recebe água do mar na maré alta e também quando ocorre um maior hidrodinamismo no local (o que é uma característica comum à área), além da presença de rasas poças de maré naquela área, que garantem umidade suficiente para períodos de emersão, enquanto a zona 2 depende exclusivamente do movimento das marés para este acontecimento, e por isso mesmo mais exposta aos efeitos do ressecamento causados pela exposição ao ar.
            No local pesquisado, a estrutura do talo das macroalgas mais freqüentes em cada zona está relacionada diretamente com o fator de maior importância para sua sobrevivência.
            Plantas com o aspecto coriáceo (leathery-rubbery) resistem melhor em ambientes caracterizados pela maior abrasão, batimento das ondas e ao pastoreio (Dayton, 1975 e Littler et all, 1980 e 1983). Na figura 13 observamos que plantas deste tipo são mais freqüentes nas zonas 1 e 5, caracterizadas pelos fatores citados. Com a diminuição da abrasão e soterramento, a comunidade adquire espécies e elimina outras, propiciando melhores condições para outras do tipo ramificado (fleshy-wiry) e que melhor se ambienta nas regiões onde a exposição ao ar é maior. As zonas escolhidas são 2 e 3, onde apresentam maior coeficiente de correlação em relação à exposição, a espécie Gelidiella acerosa é característica destas regiões, apresentando altas freqüências.
            Plantas do tipo folhoso não apresentaram um padrão definido de distribuição. A presença deste tipo de alga foi maior nas zonas 2 e 5. Na zona 5 ela estava representada pelas algas: Vidalia obtusiloba, Amansia multifida, Dictyopteris delicatula, Cryptonemia crenulata e Ulva fasciata. Exceto a última, todas as outras espécies citadas possuem vários estratos de células e um córtex, que dão maior resistência a planta em relação à abrasão. Ulva fasciata, nesta zona, apresentou-se em tufos pequenos e, possivelmente, tendo em vista o caráter oportunista que esta alga apresenta, estava cobrindo um local recém-desnudo. O aspecto morfofuncional teve pequena correlação com a exposição ao ar.
            A presença de plantas folhosas na zona 2 estava representada principalmente por Ulva lactuca e Anadyomene stellata. Anadyomene stelatta por se instalar em fendas e trincas das rochas, obteve melhor proteção contra a exposição ao ar (dessecamento e insolação). O gênero Ulva além de sua resistência à exposição ao ar (Artaza et all, 1987), apresenta uma certa sobreposição de várias lâminas de seus próprios talos, o que garante maior proteção contra a exposição ao ar (Gessner & Schramm, 1971).
            Plantas filamentosas foram raras, mas apresentaram uma pequena correlação negativa com a exposição ao ar.
            A diversidade mostrou-se imensamente influenciada pela ação dos dois fatores estudados, mostrando uma relação positiva com a ação da areia. Os locais mais influenciados por este fator encontram-se em condições infralitorais, onde ocorre uma maior ocorrência de diferentes nichos.

 
REFERÊNCIAS
Artaza, O.B. et all, 1987. Distribuição vertical e tolerância ao dessecamento em algas             da zona das marés do litoral de São Sebastião, SP. Resumo dos Trabalhos       apresentados na IIIª Reun.Bras.Ficologia. pag. 44.
Ayres, M. e Ayres Jr, M. 1987. Aplicações estatísticas em Basic. 310 pag. Ed.McGraw- Hill. São Paulo.
Bennett, D.P. and Humphries, D.A. 1985. Ecologia de Campo. 326 pag. Hermann        Blume. 3ª Ed.
Bray, J.R. and Curtis, J.T. 1957. An ordination of the upland forest communities of        southern Wisconsin. Ecol.Monogr. 27:325-349.
Carvalho, F.A.F. 1980. A flora marinha bentônica do litoral do Estado da Paraíba:         Perspectivas econômicas. Bolm. Inst.Oceanogr. S.Paulo. 29(2): 83-85.
Chapman, V.J. 1943. Zonation of marine algae on sea shore. Proc. Linn. Soc. London.   154:239-253.
Cottam, G. et all. 1982. Wisconsin comparative ordenation  “in” Ordenation of plant   communities. (ed. Whittaker,R.H.) pag. 185-213. Dr. Junk Publ.
Daly, M.A. and Mathieson, A.C. 1977. The effects of sand movement on intertidal       seaweeds and selected invertebrates at Bound Rock, New Hampshire. Mar.Biol.   43:45-55.
Dayton, P.K. 1975. Experimental evaluation of ecological dominance in a rocky            intertidal algal community. Ecol.Monogr. 45:137-159.
Dayton, P.K. 1985. The structure and regulation of some South American kelp    communities. Ecol. Monogr., 55:447-468.
 Eston, V.R. et all. 1986. Vertical distribution of benthic marine organisms on rocky       coast of the Fernando de Noronha Archipelago. Bolm. Inst. Oceanogr. S. Paulo.        34: 37-53.
Gessner, F. and Schramm, W. 1971. Salinity Plants. “in” Kinne (ed) Marine Ecology.     Vol.1 part 2.pags. 705-820. Wiley-Interscience.
Goodall, D.W. 1982. Sample similarity and species correlation. “in” Ordination of Plant           Communities (ed.Whittaker,R.H.) pag. 99-149. Dr. Junk Publ.
Hay, M. E. 1981. The functional morpho1ogy of turf-forming seaweeds: persistence in             stressful marine habitats. Ecology, 62:739-750.
 Kershaw, K.A. and Looney, J.H.H. 1985. Quantitative and Dynamic Plant Ecology. 282             pags. Edward Arnold. 3ª ed.
Lewis, J.R. 1964. The ecology of rocky shores. 323 pags. London. English             Univ.Press.Ltd.
Littler, M.M. and Littler, D.S. 1980. The evolution of thallus form and survival strategies in benthic marine macroalgae: field and laboratory tests of a             functional form model. Am.Nat. 116:25-44.
Littler, M.M. et all. 1983. Evolutionary strategies in a tropical barrier reef system:       functional form groups of marine macroalgae. J.Phycol. 19:229-237.
Muniz, J. A. 1989. Ordenação e distribuição de algas bentônicas em comunidades        intermareais da Baia de Guanabara. (neste blog).
Oliveira Filho, E.C. 1977. Algas marinhas bentônicas do Brasil. Tese de livre- docência. Universidade de São Paulo, Instituto de Biociencias. 407p.
Oliveira Filho, E.C. e Berchez, F.A.S. 1978. Algas marinhas bentônicas da Baia de         Santos             – alterações da flora no período 1957-1978. Bol. Bot. Univ. S. Paulo.     6:49-59.
Pereira, S.M.B. 1974. Clorofíceas marinhas da Ilha de Itamaracá e arredores                (Pernambuco-Brasil). Inst. Biociências. USP. Tese de Mestrado.
Pereira, S.M.B. 1977. Rodofíceas marinhas da Ilha de Itamaracá e arredores (PE –       Brasil). 275 pags.Inst.de Biociências USP. Tese de Doutoramento.
Pickett, S.T.A. 1980. Non-equilibrium coexistence of plants. Bull. Torrey Bot. Club.       107:238-248.
Santelices, B. 1977. Ecologia de algas marinas bentônicas – efecto de factores ambientales. 487 pags. Doc. Direccion General de Investigacciones.
Smith, R.L. 1980. Ecology and Field Biology. 835 pags. Harper & Row Publ. 3ª ed.
Stephenson, T.A. 1943. The causes of vertical and horizontal distribution of organisms            between tidemarks in South Africa. Proc. Linn. Soc. Lond. 154:219-234.
Whittaker, R.H. 1975. Communities and Ecosystems. MacMillan Publishing Company,             New York.


 
OBSERVAÇÕES:
  • ·         A nomenclatura da época foi preservada.
  • ·         Vários outros trabalhos foram realizados na área principalmente com preocupações conservacionistas, de sucessão, recrutamento e metodologias para o local, que listamos abaixo:

1.      Mansilla Muñoz, A.O. & Pereira S.M.B. 1997. [Link]
Caracterização quali-quantitativa das comunidades de macroalgas nas formações recifais da praia do Cupe-PE. 
 Trab.Oceanogr. Univ.Fed.PE. 25:93-109.
2.      Oliveira-Carvalho, M.F. et all. 2003. [Link]
Florística e distribuição espaço-temporal das clorofíceas bentônicas em trechos recifais do litoral norte do estado de Pernambuco.
Hoehnea 30:201-212.
3.      Ribeiro, F.A. et al, 2008. [Link]
Análise quali-quantitativa das populações algáceas de um trecho recifal na Praia de Boa Viagem.
Oecol. Bras.12:222-228.                         
4.      Simões, I.P. et all. 2009. [Link]
Avaliação florística e sucessão ecológica das macroalgas em recifes na praia de Piedade.
Neotr. Biol. Converv. 4:49-56.
5.      Guimaraens, M.A. et all. 2011. [Link]
Variação temporal do recrutamento e sucessão ecológica de macroalgas em recifes areníticos da Praia de Piedade.
Neotr. Biol. Converv. 6:170-177.
6.      Vasconcelos, E.T.P.P. et all. 2011. [Link]
Métodos de amostragem para comunidades de macroalgas marinhas em recifes de arenito.
Rev. Bras.Eng. Pesca. 6:17-29.
7.      Mansilla, A. & Pereira, S.B. 2001. [Não disponível na Web]
Comunidades y diversidad de macroalgas em pozas intermareales de arrecifes. In Alveal & Antezana. Sustentabilidad de La Biodiversidad. P. 315-330.