quinta-feira, 19 de setembro de 2013

FIXANDO ESPOROS EM UM CULTIVO

     Eu que já era fã dos trabalhos do Prof. Yarish, fiquei impressionado pela técnica de fixação de esporos nas linhas sobre o PVC. Aproveitem o vídeo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Predação em corais

         Assistam uma tomada capturada pelo Prof. Mark Hay em um recife de coral no Pacífico Sul e seu relato.


domingo, 16 de junho de 2013

BREVES INVASÕES - SOBREVIVENTES


            Pretendo, neste setor do Blog, relatar em melhores detalhes as espécies de algas marinhas bentônicas que ainda resistem na Baia de Guanabara. Isto devido ao descaso pela recuperação deste cenário de rara ocorrência em nossa costa.
                E aquilo que não se cuida, abre portas para invasões. Hoje vou apresentar duas ocorrências de invasões não detectadas ainda e possivelmente ainda ocorram por estas águas.

                Trata-se de uma espécie do gênero Gracilaria (Figura 1) e outra do gênero Polysiphonia (Figura 2). Ambas encontradas no lado Norte da Ilha da Boa Viagem (Figura 3 e 4), no final da década de 80 e inicio de 90. 



FIGURA 1

              A espécie de Gracilaria se assemelha a Gracilaria verrucosa (Hudson) e foi de ocorrência rápida no local, aparecendo com uma grande população, mas não resistindo por mais de dois anos. 


FIGURA 2

              Espécies de Polysiphonia são encontradas em várias referências sobre invasões (veja referências no final do texto). Veja a anotação encontrada em “ElectronicFlora of South Australia Species Fact Sheet”:
P. decipiens appears to be widely distributed and often common along southern Australia, in New Zealand (South I., Stewart I., and Auckland Is) and possibly in southernmost South America (Ardissone 1888, p. 215, repeated by Pujals 1963, p. 117). P. cancellata was recorded from Japan by Yendo (1916a, p. 61), but the clearly distinct Japanese species has been described as P. notoensis by Segi (see Yoshida 1999, p. 1069).
                Esta espécie encontrada na Baia de Guanabara muito se assemelha com Polysiphonia howeii e possivelmente poderia passar despercebida.
                Achando se tratar de P. howeii, pesquisei por várias semanas, durante o estágio no Laboratório de Ficologia da UERJ,  junto ao Pedrini; comparando a fenologia da espécie com as fases lunares durante as amostras.




FIGURA 3

            Comecei a achar se tratar de outra espécie quando notei a presença de uma leve corticação nos ramos dorsiventrais dos espécimes, algo não relatado em nenhuma Polysiphonia brasileira e de real importância na identificação do gênero (Sturcke and Freshwater, 2008).


FIGURA 4

                 Logo estarei relatando as espécies que ainda sobrevivem nesta área.

                Até lá.

REFERÊNCIAS
  • Kim, M-S. et all.2004. Recent introduction of Polysiphonia morrowii (Ceramiales,Rhodophyta) to Punta Arenas, Chile. Botanica Marina. 47:389-394.
  •  Curiel, D. et all. 2002. First Report of Polysiphonia morrowii Harvey (Ceramiales, Rhodophyta) in the Mediterranean Sea. Botanica Marina. 45: 66-70.
  •  Erduğan, H. et all. 2009. New Record for the East Mediterranean, Dardanelles (Turkey) and its Distribution: Polysiphonia morrowii Harvey (Ceramiales, Rhodophyta). Turkish Journal of Fisheries and Aquatic Sciences 9: 231-232.
  •  Sturcke, B. and Freshwater, D.W. 2008. Consistency of morphological characters used to delimit Polysiphonia sensu lato species (Ceramiales, Florideophyceae): analyses of North Carolina, USA specimens. Phycologia. 47: 541–559.


domingo, 10 de março de 2013

Teasley 2012 Symposium

              Em Abril/2012, ocorreu o simpósio “Teasley 2012 Symposium”, no Instituto Tecnológico da Geórgia [folder], sobre mecanismos de interação coral x algas com os principais nomes da ecologia química marinha mundial, com várias palestras abaixo relacionadas, disponibilizadas no Youtube, caso seja de interesse, façam suas escolhas:



1.       Mark Hay

2.       Nancy Knowlton

3.       Peter Steinberg

4.       Valerie Paul

5.       Robert Steneck

6.       Jennifer Smith



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BANCO DE ALGAS MARINHAS DAS COSTAS DO RN ------------ Uma diferente apreciação


BANCO DE ALGAS MARINHAS DAS COSTAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Uma diferente apreciação

Substrato Cascalho - II
José Antonio Muniz - 1993
MÉTODO
                Para análise quantitativa das amostras padronizou-as da seguinte maneira:
A.  As amostras foram separadas por tipo de substrato:
ü  Cascalho
ü  Cascalho + Lithothamnion
ü  Areia
ü  Rocha
      B. Separadas por profundidade.

      C.   A padronização do quantitativo de cada espécie de algas em cada amostra pela informação dos autores em: abundantes, frequentes, comuns e raros, utilizando-se de uma normalização logarítmica; sendo:
·         Abundantes= 10
·         Frequentes= 4
·         Comuns= 1
·         Raros= 0,1
Cada espécie de cada estação recebeu este índice e o total de cada estação foi padronizado percentualmente.
Exemplo: 
 Estação 136
    Profundidade: 30 m
      Substrato: Cascalho.


    D.  Para ordenação das amostras (MDS) utilizou-se os seguintes parâmetros:

Similaridade: Bray-Curtis
Padronização: Sim
Transformação: Raiz Quadrada
Observação:
Trabalhou-se apenas com as espécies abundantes e frequentes em alguma amostra.

RESULTADOS

A.      Localização geográfica das estações por tipo de substrato.


FIGURA 1


Observa-se na Figura 1 a posição das manchas formadas por estações com substrato formado por Cascalhos (Vermelho) e Cascalho e Lithothamnion (Verde).
                Encontramos 3 manchas distintas de amostras com substrato do tipo Cascalho, que aqui nomearemos Norte, Centro e Sul.
                As amostras de Cascalho+Lithotahmnion foram consideradas uma mancha apenas, embora se distribua na mesma área como a de Cascalho.



B.      Ordenação das amostras















                           Figura 2                          


Observamos pela Figura 2 (MDS) a segregação das amostras com substrato Cascalho das manchas Norte, Sul e Centro.
Observamos também uma maior separação entre as amostras mais profundas da mancha Sul e da amostra da profundidade de 25 metros da mancha Norte.

C.      Ordenação das espécies.




















                                                              Figura 3

Fica claro a separação de cada espécie por mancha, sendo fiel a Mancha Sul, as seguintes espécies:
·         Jania adhaerens
·         Caulerpa mexicana
·         Solieria tenera
·         Jania rubens
·         Haloplegma duperreyi
·         Gracilaria cervicornis
·         Corallina subulata
·         Halymenia sp
·         Sargassum sp
Fiel a Mancha Centro:
·         Enantiocladia duperreyi
·         Asparagopsis taxiformis
·         Valonia aegagropila
·         Dictyota ciliolata
·         Gracilaria debilis
·         Udotea flabellum
·         Halimeda tuna
·         Halimeda discoidea
·         Caulerpa kempfii
Fiel a Mancha Norte:
·         Halimeda incrassata
·         Dictyurus occidentalis
·         Meristiella echinocarpum
·         Halophila sp
·         Caulerpa lanuginosa
·         Padina vickersiae
·         Halimeda opuntia

As espécies abaixo relacionadas ocorreram em todas as manchas:
·         Bryothamnion seaforthii
·         Bryothamnion triquetrum
·         Vidalia obtusiloba
·         Dictyopteris plagyogramma
·         Sargassum vulgare.

O maior número de espécies em comum entre as manchas foi entre a Mancha Norte e a Mancha Centro, sendo formado pelas espécies:
·         Dictyopteris justii
·         Dictyopteris delicatula
·         Gracilaria ferox
·         Lobophora variegatta
·         Dictyota mertensii
·         Udotea cyathiformis
·         Stypopodium zonale.

A Mancha Sul apresenta apenas uma espécie em comum com a Mancha Centro, Protokuetzingia schottii e duas com a Mancha Norte: Galaxaura cylindrica e Caulerpa prolifera.


D.      Substrato Cascalho + Lithothamnion

A presença de Lithothamnion nas amostras propiciou a formação de uma comunidade diferente daquelas com apenas Cascalhos. Vemos na figura 4 no Escalonamento Multidimensional das amostras com Cascalho e Cascalho+Lithothamnion onde se percebe a distinção entre aquelas amostras.

















Figura 4

                As amostras com fundo de Areia e Rocha e a versão continuística também serão postados logo a seguir. Aguardem.
Observação: A nomenclatura original foi mantida.





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Flora Marinha Bentônica de Alagoas - Excicatas

Abaixo algumas excicatas do material coletado em Alagoas. Logo estarei digitalizando o restante do material. Informo também, que este material está a disposição de outros pesquisadores por empréstimo. Um conjunto deste material encontra-se no Herbário da UFAl.

Cryptonemia luxurians - Pratagy


Galaxaura rugosa - Paripueiras


Gelidiella acerosa - Ponta Verde


Gelidiella acerosa - Ponta Verde


Gelidiella acerosa - Pratagy


Gelidiopsis planicaulis - Frances


Hypnea cervicornis - Frances


Hypnea spinella - Ponta Verde


Hypnea spinella - Pratagy


Hypnea cervicornis - Pratagy



Cryptonemia luxurians - Ponta Verde


Hypnea cornuta - Ponta Verde


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Banco de Algas Marinhas das Costas do Rio Grande do Norte - Uma diferente apreciacao



BANCO DE ALGAS MARINHAS DAS COSTAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Uma diferente apreciação
José Antonio Muniz - 1993
Esta análise foi realizada na década de 90 a partir do trabalho abaixo, publicado em 1981.
                A princípio utilizei o método do continuum, até observar que as amostras formavam várias manchas localizadas no mapa (ver mapa na postagem a seguir), o que fez mudar a minha atenção para uma análise da estrutura das comunidades em cada mancha.
                Cheguei a enviar alguns resultados para Dra. Sonia Barreto (UFRPE), no entanto, um acidente seguido de uma internação afastou a possibilidade da apresentação daqueles dados sob esta nova ótica, o que faço agora; já que ainda se presta no auxílio à ciência e conhecimento das comunidades ficológicas locais.
                Um dos objetivos principais do artigo publicado era a procura de bancos de algas de interesse econômico:
“A área prospectada parece não abrigar nenhum banco especialmente rico em espécies de agarófitas que possibilite uma exploração econômica.”

 
               
               

E mais:


“Quanto às espécies de importância econômica existentes na área, embora várias apresentem um valor potencial, na maior parte dos casos parecem ocorrer em quantidades relativamente pequenas, misturadas com outras espécies de menor valor.”

 
 


               
               
Frustrando este objetivo, os autores se fixaram principalmente na distribuição batimétrica (distribuição vertical) das espécies, mesmo assim sem obter um resultado satisfatório.
                No entanto, muitos dados foram publicados tais como: a posição geográfica, a profundidade, o tipo de substrato e a frequência das espécies em cada uma das amostras (estações), o que me deram subsídios para esta análise.
                O artigo foi publicado em um órgão público por isso creio não ter problema de copy right (caso esteja errado e só aqueles que tiverem direitos se manifestarem).