Taí as pretensas amostras. Logo estaremos discutindo-as.
domingo, 5 de setembro de 2021
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
EPIFITISMO EM DIGENIA SIMPLEX.
EPIFITISMO EM DIGENIA SIMPLEX
Em recente viagem ao nordeste brasileiro, encontrei uma grande quantidade de espécimes de Digenia simplex (Wulfen) C. Agardh atiradas na Praia de Maragogi, Alagoas e lembrei-me de um antigo trabalho sobre epifitismo nesta planta.
Creio
que foi o primeiro trabalho nacional focando aspectos epífitas em algas
bentônicas com dados quantitativos, embora a análise tenha sido só pelos
aspectos visuais da população, a autora teve o vislumbre de colocá-los no bojo
da publicação o que facilitou uma outra análise sob outra ótica, como a que
apresento aqui.
Para o tratamento dos dados, as
análises utilizaram para as medidas de similaridade a Distância Euclidiana
normalizada padronizada e as transformações foram pela presença/ausência dos
dados na amostragem. Para isso utilizou-se o aplicativo Primer 5.0©.
Ao tentar ordenar os valores
apresentados pela Professora Marlucia encontrei esses aspectos:
= A. Aspecto sazonal:
Três
grupos nas estações do ano: Um na Primavera, um no Verão e um terceiro menos
significativo incluindo meses de Outono e Inverno são reconhecidos embora
apenas na Primavera encontremos um grupo mais especializado, formado por um
número maior de espécies exclusivas desta época do ano: Sphacelaria, Padina,
Fosliella, Cryptonemia, Gracilaria, Spermothamnion, Bryothamnion (2 spp), Chondria,
Polysiphonia, Sargassum e Vidalia.
A maior parte da flora sazonal é
formada por espécies presentes em todas as estações do ano: Ulva, Cladophora
(2spp), Jania, Laurencia (2spp), Erythrotrichia, Corallina (2spp), Ceramium
(2spp), Hypnea (2spp), Centroceras e Acanthophora, que correspondem a 41,6% da
flora estudada.
Poucas espécies, além daquelas
que persistem o ano todo, existem em estações diversas. Podemos citar
Enteromorpha (Primavera/Verão), Champia, Griffthisia e Herposiphonia
(Outono/Primavera).
A. B. Aspecto específico:
A ordenação por espécies aponta
também para o comportamento sazonal já indicado, conforme o gráfico abaixo:
No
entanto, percebemos uma flora muito estável, apontando para pequenas diferenças
sazonais.
A. C, Aspectos morfofuncionais
Ao analisar a comunidade epífita
pelos seus aspectos morfofuncionais, percebemos, também, um comportamento igual
em cada época amostrada, conforme o gráfico abaixo:
Onde
percebemos um domínio por algas do tipo filamentosa e macrófita em todos as
três épocas estudadas, mostrando um ambiente estável em todo o período
amostrado.
Logo apontarei o comportamento
desta comunidade e acrescentará mais conhecimentos para conhecimento da
ciência.
Outros trabalhos com o mesmo
foco foram efetuados pela pesquisadora ou orientadora:
França,
R.C.P. 1974. Macroalgas epífitas em Corallina officinalis na Praia da Ponta do
Faro de São Marcos. TCC. UFMA.
REIS,
K. S.; CORREIA, M. M. F..1982. Algas epífitas macroscópicas sobre
Cladophoropsis membranacea (C. Agardh) Borgesem (Chlorophyta-Siphonocladaceae)
na Ilha de São Luis-MA. Cad Pesq Ufma, São Luis, v. 8, n.1/2, p. 39-49.
PESSOA,
C. R. D.; CORREIA, M. M. F. 1998. Aspectos ecológicos das Bacillariophyceae epífitas
sobre Murrayella periclados (C. Agardh/Schimitz (Rhodophyta) no manguezal de
Parna Açú, Estado do Maranhão, Brasil. In: 4º Congresso de Ecologia do Brasil,
1998, Belém. Resumos do 4º Congresso de Ecologia do Brasil.