EFEITO CANOPY DE UMA
POPULAÇÃO DE
Padina sanctae-crucis
Borgesen
José Antonio Muniz
Durante
uma viagem ao nordeste brasileiro em 1987, realizei uma coleta de dados em uma
comunidade ficológica na Praia de Ponta Verde, Maceió (AL) (Figura 1).
Figura 1
Foram coletadas 20 amostras de
20x20 cm de uma comunidade no interior de uma densa população de Padina sanctae-crucis Borgesen (Figura
2) e outra na mesma rocha onde não ocorria a presença desta feofícea.
Para
medida foi utilizado a presença/ausência das algas listadas em ambos os
ambientes, este ranking esta estabelecido na Figura 3.
Figura 2
Figura 3
Ao compararmos a presença das
espécies dos dois ambientes percebemos que as espécies dominantes estão
presentes em ambos os ambientes. A presença de Padina sanctae-crucis abre espaço apenas para espécies mais raras
no ambiente; não se observando uma flora típica de sombra e/ou luz.
Apresentaram-se
como dominantes as seguintes espécies:
Fica claro ao observar o
escalonamento multidimensional (MDS) (Figura 4) dos dados a presença de três
grupos: Espécies dominantes (Preto), espécies de distribuição no exterior da
população de Padina sanctae-crucis
(Azul) e espécies de distribuição interna a população de Padina sanctae-crucis (Vermelho).
Figura 4
O dendrograma mostra valores
semelhantes (Figura 5).
Figura 5
Ao compararmos os valores
referentes aos grupos morfofuncionais das espécies formadoras da comunidade
encontramos os seguintes resultados.
Figura 6
Há uma dominância de algas
corticadas no interior e no exterior da população de Padina sanctae-crucis, tendo os outros grupos uma participação menor
em ambas as comunidades.
A
presença de Padina sanctae-crucis
interfere pouco na estrutura das comunidades onde ocorre, abrindo espaço apenas
para espécies raras na comunidade. Ressaltamos apenas as espécies Centroceras clavulatum e Dictyota dichotoma a apresentar valores
expressivos em comunidades diferentes.
OBS: A nomenclatura foi
preservada.
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