Este é o resumo do trabalho apresentado no Simpósio de Biologia Marinha na UNISANTA/Santos(SP) , em Julho/2007.
Mostrando postagens com marcador Terpenos em Laurencia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Terpenos em Laurencia. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 30 de julho de 2014
domingo, 6 de novembro de 2011
DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DE SESQUITERPENOS
PRODUZIDOS PELO METABOLISMO SECUNDÁRIO
DE ALGAS MARINHAS DO
GÊNERO LAURENCIA
José Antonio Muniz
Universidade Santa Úrsula – RJ
Mestrado em Ciências do Mar
As
algas marinhas bentônicas do gênero Laurencia
(Rhodomelaceae – Rhodophyta) são reconhecidas como prolíficas na produção de
diferentes metabólitos secundários, tais como: sequiterpenos, acetogeninas,
diterpenos e triterpenos, halogenados ou não. Vários destes representam tipos
estruturais exclusivos, ainda não observados em outros organismos. Inúmeras
classes de substâncias químicas são envolvidas nos processos metabólicos dos
organismos, sendo responsáveis pelas mais diversas funções biológicas, comuns a
todo ser vivo ou particular de grupos taxonômicos específicos. Os metabólitos
secundários são derivados do metabolismo primário e estão envolvidos nos
processos de adaptação das espécies ao meio ambiente, sendo particular de um
grupo relacionado de organismos, por isto, forte ferramenta no estudo
taxonômico destes organismos.
Utilizando-se de cerca de 350 referências
da literatura científica, reuniu-se 850 citações de sesquiterpenos, organizados
nos seus principais sub-grupamentos (Chamigrane, Cuparane, Brasilenane,
Perforane, Bisabolane e Eudesmane) conforme Guella et al (2001), para espécies do gênero Laurencia e gêneros afins como Chondrophycus
e Osmundea (Nam,1994),
produzindo-se através de uma grade de similaridade (Índice de Bray-Curtis) um
plexus indicativo das relações de semelhança entre as floras de 6 regiões
geográficas (Japão, Pacifico Americano, Caribe, Canárias, Mediterrâneo e
Austrália). A análise da distribuição destes metabólitos (sesquiterpenos) foi
realizada e mostra a provável evolução nos arsenais químicos que este grupo
taxonômico utilizou para sobrevivência nos ambientes em que são encontrados. Atualmente,
acredita-se que a evolução de cada metabólito versus a evolução de cada espécie
que o produz está relacionada com a Teoria da Evolução Micromolecular (Gotlieb,
1982).
Observou-se grande semelhança entre as
floras do Japão, Pacifico Americano e Austrália. As demais floras comportam-se
independentes das restantes, apresentando uma característica única na
composição dos tipos de sesquiterpenos que as compõem.
Pôde-se observar, também, um possível
deslocamento (ou rota geográfica) de determinado metabólito (grupo
sesquiterpênico) ao comparar a composição de cada região com as condições e
configurações dos oceanos e continentes a partir do antigo Mar de Tethys.
Referências.
Guella et al. 2001. Calenzanol,
the first member of a new class of sesquiterpene with a novel skeleton isolated
from the red seaweed Laurencia microcladia from the Bay of Calenzana,
Elba Island. Tetrahedron Let. 42:723-725.
Gotlieb, O.R. 1982. Micromolecular
evolution, systematics and ecology. Berlin, Springer.
Adaptado do trabalho apresentado
no 10º Simpósio de
Biologia Marinha–UNISANTA –Santos (SP) – 2007
e da
monografia do curso de pós-graduação de
Especialização em Química-UFLA (MG) –
2005.
Assinar:
Postagens (Atom)